2011
Não resisto mais
a tanto terror nas cidades
Todos são hipocritamente sábios
Mais escorregam em omissão pelo egoísmo
Os livros tremem freneticamente
Nas prateleiras empoeiradas,
os escritos não resistem mais ao
desejo de espalharem seus segredos pela
grande cidade perturbada.
Não podem ficar tanto tempo
Guardados e monopolizados...!
Quantas palavras foram deturpadas,
queimadas e modificadas
pelas chamas da ambição?
Olhem as cores nas frestas obscuras,
Cacem como devoradores
Deleitem-se do saber!
O dia vai cair para nos salvar da
luz solar radioativa, vai nos presentear
com um crepúsculo eterno que permanecerá
para além do dia em que possamos olhar para o céu
o dia em que voaremos até queimar nossas asas de cera;
e não decairemos como anjos que negaram obediência
as leis da velha perspectiva humana de universo.
N. Bonani
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