Em muitos momentos do cotidiano,
tenho me sentido sozinha
e a estrada da vida me parece cada vez mais vazia,
sem cor, sem flores, sem vozes e cantos,
sem vida, enfim.
E nela só percebo a mesma velha poeira
que me encobre e faz arder os olhos,
que volta e meia se levanta e se abaixa,
mas que sempre me cega em
qualquer um dos movimentos...
A mesma poeira da rotina
que me faz por vezes chorar.
Sinto-me sozinha, de novo e de novo...
e de velho também, se assim posso dizer.
De velhos dos tempos e
de velhas lembranças apagadas
e também empoeiradas,
na minha mente tão ocupada de teorias
e tão vazia de sonhos.
Porém sinceramente,
Aos 20 outonos da vida,
Ainda acho bobagem essencial
sonhar com a primavera... bobagem,
Ainda mais quando se há de lutar bravamente
para sobreviver ao inverno que todo ano
de nós pobres, rouba as energias internas para
Dissipar o inútil das máquinas, mas vital: calor valor.
N. Bonani
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