Moço, o que você pensa?
Detrás dessa face inexpressiva,
escondendo-se por esses olhos vazios...
Moço, o que você sente?
Dentre as batidas de seu coração,
oculta-se um misto de sentimentos...
Moço, o que você almeja?
Quais desejos ardentes
tencionam seus passos?
Moço, o que você possui?
Será que os bens que carregas
não o torna dependente?
Moço, o que você sabe?
Que segredo suas sinapses,
memorizam sem jamais olvidar?
Eu não percebo sinais de resposta,
pois o acesso não me é permitido.
Eu sinto apenas um mundo,
porém o toque não me é permitido.
O encontro é breve, o instante é preciso,
E eu te vejo partir, te deixo partir,
pois no fundo, no fundo mesmo,
nada disso realmente importa.
Rabiscá-lo-ei da memória
afinal isso é, exclusivamente,
Um encontro no busão...
Lucas de Figueiredo