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domingo, 16 de junho de 2013

Morrendo para estar vivo - Capítulo 8 Difícil mudança

Já fazia um mês que Joana estava na terra da garoa, aquela cidade imensa há espantava um pouco, havia gente em todos os lugares possíveis e imagináveis e a movimentação não parava nunca!
Ela conseguira um minúsculo quarto na casa onde estava trabalhando como doméstica, para o momento seria o ideal, tinha o que comer e onde dormir, era mais do que estava esperando, conseguira uma família muito simpática que a contratara, um casal de meia idade com um casal de gêmeos na adolescência, seu patrão era muito educado e parecia gostar muito dela, se sentia segura naquele lar e estava conseguindo guardar um dinheiro considerável, vendo-se que tinha apenas que comprar algumas roupas, o que não seria problema, pois ouvira falar de uma tal de vinte e cinco de Março onde vendia de tudo há preços bem em conta, estava ansiosa para ver onde era esse lugar tão generoso afinal.
A vida andava maravilhosamente bem, principalmente se comparada com o resto de sua existência.
Ela limpava a sala de estar e apesar do calor infernal que estava fazendo nos últimos dias, não se importava, pois lhe dava prazer ser útil para pessoas tão maravilhosas e em geral ela ficava sozinha o dia inteiro, o que a alegrava ainda mais, pois todos ficavam fora com suas vidas atribuladas, saindo pela manhã e voltando só no começo da noite, como ela não gostava de incomodar, fazia seu serviço com agilidade para poder se recolher antes deles chegarem.
O shorts curto e a blusa regata lhe aliviam todo aquele bafo, o som estava relativamente alto no bom e velho samba que ela tanto amava, a pele morena brilhava de suor, ela balançava o corpo ao som da música enquanto passava o pano nos móveis, tudo estava tão perfeito... Perfeito até demais.
Talvez a sua pureza a cegou demasiadamente, talvez o som alto, talvez... Fosse como fosse, ele a agarrou por trás, se esfregando enquanto tapava sua boca, sentindo a garota se retesar assustada.
 -Você não tem ideia do quanto eu amei esse seu corpo, mulata gostosa.
Os lábios dele sussurravam baixinhos, recostados na orelha dela que se debatia tentando se soltar.
-Pensou mesmo que iria se safar? Mas não se preocupe, não vou te machucar...
Joana estava chocada, seu patrão era um homem tão carinhoso com a esposa, como poderia estar fazendo aquilo com ela? Ele pressionava seu corpo contra o dela enquanto passava sua mão pelos seus generosos seios, ela tentava berrar, mas as mãos  do homem pressionavam sua boca com força.
-Cala a boca!
Ele jogou-a no sofá com brutalidade, o rosto alucinado já abria o zíper da calça apressadamente, indo para cima dela, parecia que já tinha planejado tudo há tempos e estava apenas esperando o momento certo.
Ela o chutava e se debatia, mas ele já lhe arrancava as roupas, as pernas impedindo-a de se movimentar.
-Se você for boazinha eu prometo que vou fazer bem gostoso...
A língua dele lambia-lhe a orelha, o pescoço e descia. Aproveitando-se do momento de excitação dele, Joana pressionou os dentes na mão que se afrouxara.
-SOCOR...
Ela tentou berrar sem chances de sucesso, ele já a agarrava novamente, agora mais bruto do que antes, parecia ter ficado zangado com a sua tentativa de escapatória, sentiu a mão entre suas pernas, abrindo-as forçosamente, não, não, seu João era uma pessoa gentil, porque estava fazendo aquilo?
Ele veio para cima com tudo e uma dor alucinante tomou conta do seu corpo, de repente se sentiu fraca, ele a possuía com gosto ali no meio da sala, bufando de prazer, ela virou o rosto para a direção oposta, esperando que acabasse logo.

Jéssica Curto


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