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segunda-feira, 1 de julho de 2019

1 - A Chegada

Naquela manhã primaveril, onde as flores nasciam, um pequenino ser surgia ao longe, seus grandes e curiosos olhos verdes observavam a vasta floresta pela frente, seu corpinho rechonchudo andava rapidamente, sentindo a terra molhada em seus pés, o ar fresco e puro adentrava seu corpo pelo seu grande e pontudo nariz lhe dando energia.
As folhagens balançavam com o vento, os pássaros cantavam e a natureza emergia aquela energia incrível de vida nova.
O pequeno pacotinho que trazia consigo em suas mãos era carregado com delicadeza,  suas passadas tinham destino certo e nada nem ninguém o tiraria de seu destino.
O som de risadas e cantoria ao longe denotava que estava próximo, as pequenas chaminés soltavam deliciosos aromas de pães e bolos sendo assados, fazendo sua barriga roncar e seus finos lábios sorrir, estava perto de casa, finalmente.
-Bom dia senhor Erond!
Disse acenando para um senhor de mesma estatura que a sua, porém muito mais magro, com um pequeno óclinho pendurado na ponta de seu nariz.
-Bom dia Adriel, bem vindo de volta!
O senhor sorria e acenava de volta, seus olhos azuis observavam com certa curiosidade o rapaz que andava apressadamente, mal sabia ele por tudo que o pequenino Adriel passara, quantas histórias teria para contar, mas agora simplesmente tinha que continuar, e assim o fez, sem perder mais tempo, estava ansioso e sentia que se demorasse mais um minuto seria tarde.
Avistou então uma grande, imensa, gigantesca casa, com portas e janelas tão grandes quanto possível, levemente arredondadas, o jardim em frente possuía diversos tipos de flores, dando um colorido espetacular para qualquer visão, a luz da sala acessa denotava que a casa não se encontrava vazia.
Sentiu um calafrio percorrer seu corpo por um instante e resolveu parar, admirando o local por um instante, não conseguia acreditar que aquilo finalmente estava acontecendo, desejara tanto aquele momento que mal conseguia conter a felicidade.
-Adriel! Não posso acreditar que voltou!
Uma voz gritava em sua direção e sua atenção se desvencilhou por um momento.
-Augustus, meu amigo!
Mal conseguiu responder e logo fora agarrado em um forte e apertado abraço caloroso, estava feliz por estar ali, sentira tantas saudades.
-Venha, precisamos te mostrar para a Babette, ela não vai acreditar quando te ver.
O ruivo puxava o pobre Adriel, que era forçado a acompanhá-lo, seus olhos voltados para a casa, enquanto seus passos o distanciavam dali, sentindo o pacote em suas mãos lhe fazer uma exigência, mas nada conseguira falar e fora arrastado para longe antes que pudesse fazer alguma coisa.
-Como você está, pequeno grande homem?
Augustus falava animado, rindo e conversando ao seu lado.
Começaria ali afinal, a história da sua grande jornada? Ele não sabia, a única coisa que tinha certeza é de que tinha muito para contar, e contaria.

Jessica Curto

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