O vento bafeja...
A tarde se arrasta sob o céu...
Mormaço reina pleno e faz molhar
As calças-jeans dos trabalhadores.
Minha língua está de fora,
também a da caneta,
que até recusa escrever.
As pessoas se derretem por sorvetes
E os sorvetes derretem em seus corpos.
O sono toma conta, quero dormir.
A alma fatigada em qualquer lugar descansa,
menos embaixo do Sol, é claro,
que uma andorinha tostada já é verão.
O pior de tudo é saber que,
Com trinta e quatro graus na cidade de pedra,
Ninguém consegue evitar dizer
A mesma coisa o tempo todo:
"Que calor!"
Afinal, não há outro assunto quando o
assunto é a sensação do corpo,
esse admirável
instrumento que nos lembra,
sempre que há Sol,
que pensar é sentir.
Rafael Cardoso
Amo versos e poesias, desde novinha.
ResponderExcluirE sempre quando posso, ainda escrevo alguma coisa...
http://feliciity-unjourdepluie.blogspot.com.br/
Que bom Feliciity, acredito que poesia é uma forma única de se expressar com ritmo e som.
ExcluirFico feliz que você tenha gostado, vai encontra muito disso aqui no blog =P
Beijos =*