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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Agradecimentos

São Paulo, 21 de Setembro de 2001

Fico lisonjeada ao saber de sua atitude. E foi nesse instante que percebi o quão valioso você é. Como homem, amigo, pai... Você é ótimo em todas essas áreas. Anne retorna cada vez mais alegre de sua casa e isso me deixa cada vez mais contente. Muito obrigada por ser este homem que você sempre foi desde os tempos de colégio.
Você sempre foi o garoto mais romântico, mais sincero e mais amigo. Qualquer garota daquela escola gostaria de ficar com você, nem que seja por somente um minuto, conversando sobre as coisas da vida caso elas o conhecessem de verdade. Eu tive essa oportunidade e agradeço. Você me retirou de muitos buracos em que cai, me ajudou a solucionar vários problemas que não tinham nada a ver contigo. Você sempre esteve ali, ao meu lado, quando mais precisava. Eu, por outro lado, sempre fui confusa, esquisita e de certa forma, idiota. Você ajudou a produzir a mulher que está lhe escrevendo essas cartas.
E enquanto traço neste papel essas simples letras eu me lembro daquela festa que fomos. Ambos tínhamos dezessete anos e conseguimos passar pelos seguranças da festa enquanto eles deixaram de vigiar a porta e foram pegar uns drinks. E assim entramos na festa que foi feita para o público adulto. A gente ria, dançava no meio dos caras e eles não se importavam, pois parecíamos jovens de dezoito, dezenove anos. E naquele instante eu vi seu olhar para Giselda. Eu fiquei maluca com aquilo e meu coração sangrava de raiva e inveja. Então, comecei a beber.
No final da festa estava trocando as pernas. Não conseguia me equilibrar de jeito nenhum. Falava besteiras, xingava o povo... eu não sei como não confessei meu amor por ti ali, naquele local.
Mas o que realmente mexeu comigo foi sua atitude. Você foi tão maduro e altruísta. Você deixou Giselda de lado e me levou para casa. Você dormiu em minha casa naquela noite! Quem me pageou em cima de um colchão duro foi você. Só faltou você me dar banho, mas isso era impossível, tanto por causa de seus princípios, quanto por causa dos princípios de mamãe. Sorte que papai já estava no décimo quinto sono.
Você me deu um susto quando levantei de minha cama. Eu quase pisei em você! Então minha cabeça começou a doer e, como se fosse por mágica, você levantou, me amparou até a cozinha e pediu um remédio para a minha mãe. Você cuidou de mim durante todo momento e até hoje desconfio que você não dormiu nada naquela noite.
E é agora, nesta noite estrelada, que lhe escrevo esta carta, agradecendo por tudo o que fez por mim e ainda faz por nossa filha. Devo dizer que agora sou uma mulher adulta, assim como você é um grande homem, mas quero que me deixe saber quando precisar de ajuda, para que assim eu possa lhe retribuir um pouco os favores que você me fez durante minha adolescência.
Muito obrigado mesmo por ser quem é. Você me fez muito feliz e agora está fazendo nossa filha sentir a felicidade de pertinho.

Mais uma vez Obrigada.
Gabrielle Oslo.

Dedicado à Jéssica Helena

Lucas de Figueiredo

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