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sábado, 13 de novembro de 2010

O Tempo, a Vida e a Felicidade


Primeiramente vem o tempo, palavra que resume todo o período que se considera real. Cada minuto, cada segundo que passa está presente no tempo e, consequentemente, em um determinado espaço. É a partir do tempo que esbarramos no conceito de vida.
Vida, palavra que resume o estado em que as coisas estão presentes, é envolvida por uma série de questionamentos como, por exemplo, sua origem. Muitos acreditam que foi criada por um ser superior ou energia, outros acreditam que é puramente uma questão proporcionada pelo ambiente, enfim, existem diversas respostas para essa pergunta que, de alguma forma, nunca encontra em uma delas a resposta “verdadeira”. Simplesmente existimos e temos que nos basear nisso para tentar decifrar esse mistério. Mas o mais importante não é sabermos como o conceito “Vida” passou a existir, mas sim o que, de fato, a vida é.
A vida é um conjunto de escolhas que são tomadas por cada indivíduo que existe, desde uma simples bactéria ao mais desenvolvido humano. E é nesse conjunto de escolhas, associado com o tempo, que temos nossas diferenças tanto físicas como psicológicas. Todos os seres seriam iguais se surgissem em um só momento, se compartilhassem sempre o mesmo espaço físico e ainda sofressem as mesmas reações proporcionadas entre eles mesmos e o ambiente, o que é impossível. E é dessas diferenças que surge o conceito da felicidade. Muitos procuram a felicidade plena, outros acreditam que ela vem em instantes, mas isso não importa muito, desde que sempre procuremos ser felizes de alguma forma, nunca desvalorizando esse objetivo, pois, qual motivação além da felicidade poderia ser capaz de suportar a escassez de respostas que temos aqui na Terra?
Nossa vida tem início, meio e talvez, fim. O tempo também segue esse padrão, mas também é um conceito complexo que não pode ser medido facilmente, pois a ordem cronológica é diferente para cada finalidade. Na geologia, tempo é igual a milhões de anos, na vida de um animal, não passa de um século, dois no máximo e na física se trata em relação entre horas, minutos e segundos. O tempo, assim como o conceito “vida” e “felicidade”, é abstrato, mas que servem para explicar e/ou complementar algo real, como a nossa existência. Se a vida é um conjunto de escolhas, cabe a nós escolhermos até que não seja mais possível. A felicidade deve ser tratada como consequência e a sua ausência não precisa, necessariamente, ser sinal de uma escolha errada, mas simplesmente uma escolha na qual não se encontrou a felicidade que se esperava encontrar, tentando compensar isso na próxima escolha.
Enquanto isso a Terra gira, o tempo muda, a vida evolui e a felicidade se manifesta, tudo isso numa ordem na qual não podemos controlar. Tivemos a dádiva de receber ou até desenvolver a habilidade de podermos modificar algumas coisas, como o espaço, mas não somos capazes de, com essas ferramentas, controlar todo o universo e, consequentemente, todas as coisas, abstratas ou não, que existem dentro dele. Cabe apenas a nós, procurar respostas, escolher, viver, sermos felizes e nos sentirmos satisfeitos com isso, sem deixar de valorizarmos tudo que temos. Algumas pessoas se sentem melhor agradecendo ao “criador” de tudo isso, mas isso é opcional, já que não temos certeza se este “criador” de fato existe.
A vida está ai para ser vivida e conceitos como o tempo e a felicidade são sentidos por nós, seres que vem de longe, vão para longe e que nunca poderão encontrar todas as respostas que gostaríamos. Somos incompletos, cheios de defeitos e cabe a nós a aceitá-los. Corrigi-los também é opcional.

Lucas de Figueiredo

Meu querido,

sempre foi uma honra imensa compartilhar pensamentos e idéias com você. Estou feliz que tenha me deixado postar tais brilhantes conceitos.

Um beijo.

J.H.C

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