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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Racionalidade pura

Não há mais tempo
Para me recolher
Dentro de mim mesmo,
Olhar a noite e pensar a vida
E sentir o mistério de tudo,
Que angustia e fascina quando vemos
A humanidade.
Reflexão lisonjeira, cheia
De poréns? Não posso mais,
Não me cabe sonhar
E crer sem provas,
Pensar o medo alheio
E coroar sua ausência em mim.
Dentro do mundo morre a ideia,
E a vida do outro
É só a vida do outro.
É o fim da metafísica,
Da arte, do engenho,
Do ir-além.
O pragmatismo estabiliza a
Emoção, é preciso olhar
As contas, os compromissos,
Os trabalhos média oito.
Morre a abstenção platônica
Até então custeada
Pelo trabalho de meus pais.

Rafael Cardoso

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