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terça-feira, 17 de março de 2015

Eu quero uma casa na praia

Eu gostaria de uma casa na praia, mas esse sonho é apenas outra mentira. Contudo, esse desejo não é de todo mito, pois a casa não precisa ser na praia.

Não reparo em tamanhos, não percebo espaços. Quero paredes pintadas com lágrimas de meu pranto e decoradas com o sorriso de minhas gargalhadas.

E eu quero dar festas. Comemorações com direito a balões enchidos de respirações passadas e velas que reluzem sonhos futuros.

Nos finais de semana quero piqueniques nos dias quentes e cobertores quando o frio chegar. Ao término de grandes atividades, almejo a sensação de deitar-me no sofá numa sexta à noite e relaxar, mesmo sabendo da louça que me espera para lavar no sábado de manhã. Pela madrugada afora, quero ver as estrelas antes de fechar os olhos, assim como espero sentir os raios de sol antes de me cegar com seu brilho ao desafiá-los, no ato de fitar diretamente o grande astro ao surgir da aurora.

Eu quero um lugar meu, mas que eu possa receber visitas. E no final gostaria de vender essa casa para alguém que também a deseja, pelo preço de poder viver, por ao menos um único dia, em sua companhia. Nessa casa, nessa vida, nesse mundo...

Lucas de Figueiredo

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