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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Calça Jeans e 34 graus


O vento bafeja...
A tarde se arrasta sob o céu...
Mormaço reina pleno e faz molhar
As calças-jeans dos trabalhadores.
Minha língua está de fora,
também a da caneta,
que até recusa escrever.
As pessoas se derretem por sorvetes
E os sorvetes derretem em seus corpos.

O sono toma conta, quero dormir.

A alma fatigada em qualquer lugar descansa,
menos embaixo do Sol, é claro,
que uma andorinha tostada já é verão.
O pior de tudo é saber que,
Com trinta e quatro graus na cidade de pedra,
Ninguém consegue evitar dizer
A mesma coisa o tempo todo:
"Que calor!"
Afinal, não há outro assunto quando o 
assunto é a sensação do corpo,
esse admirável
instrumento que nos lembra,
sempre que há Sol,
que pensar é sentir.

Rafael Cardoso


2 comentários:

  1. Amo versos e poesias, desde novinha.
    E sempre quando posso, ainda escrevo alguma coisa...

    http://feliciity-unjourdepluie.blogspot.com.br/

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    1. Que bom Feliciity, acredito que poesia é uma forma única de se expressar com ritmo e som.
      Fico feliz que você tenha gostado, vai encontra muito disso aqui no blog =P

      Beijos =*

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