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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Miguel - O Justiceiro

E da luz ele se fez.
O cheiro de carniça impregnada no local era intenso e causava fortes enjoos, a rua estava deserta e completamente imunda, pedaços de papelão estavam jogados por todas as partes, o corpanzil ereto, de cabelos aloirados que iam até o final dos ombros e o grande sobretudo negro se destacavam em meio àqueles destroços.
Não via tanto horror junto há muito tempo, as esferas superiores nunca mostravam realmente o que se passava, poderia causar revolta aos de bom coração e com certeza não era essa a vontade do Grande Mestre, mas era por isso que ele estava ali, não iria mais admitir que fosse manipulado daquela forma grotesca e irracional, se eles eram tão bons como diziam ser, que enfrentassem seus medos e fizessem o correto.
Iria ser rebaixado pela eternidade e tinha consciência disso, mas não se permitiria mais ser conivente com tal destruição.
''Eles não têm mais solução Miguel, simplesmente esqueça!''
Não, ele jamais esqueceria, não era um covarde como seu irmão Gabriel, não iria se sujeitar as vontades de um ser que não sabia o motivo da própria existência e por mais que ele mesmo não tivesse as respostas, não iria ficar parado, o mínimo que podia fazer era procurá-las com afinco.
Começou a andar a passos largos, o som de seu coturno batendo no asfalto se fazia firme, qualquer pessoa que passasse pelo local naquele instante diria que a visão era magnífica demais para ser real.
Mas os olhos azuis de Miguel nada viam, estava tudo muito quieto para o seu gosto, quieto até demais.
Parou por um instante, pensando por onde deveria começar, quando sentiu de repente uma presença as suas costas.
Não precisava se virar para saber que ele estava bem ali, encarando-o com o típico sorriso sarcástico.
-Lúcifer!
O corpo se virou e encarou o ser que o analisava, os cabelos negros e lisos que iam até o fim das costas, os olhos avermelhados e a pele extremamente alva mostravam o porte de um homem na faixa de seus trinta anos.
-Ora, ora, ora, vejam quem resolveu afrontar o Grande Mestre! Bem vindo ao grupo.
A voz debochante do homem era irritante.
-Não faço parte do SEU grupo, jamais farei!
Miguel empunhava a espada que estava dependurada em sua bainha, erguendo-a no alto.
-Calma irmão... Calma! - Lúcifer erguia as duas mãos levemente, os olhos brilhavam atenciosos. -por que toda essa raiva nesse coraçãozinho tão puro? Você faz parte deste grupo tanto quanto eu...
De repente o ser não estava mais na frente de Miguel, um vento forte passou por ele e Lúcifer se encontrava às suas costas.
-Mas isso não significa que isso seja algo ruim... Você só aprendeu a deixar de ser trouxa!
Ele sussurrava no ouvido de Miguel que se virou furioso, a espada indo de encontro onde antes estava o endiabrado Lúcifer, que se desfez no ar e voltou a reaparecer do outro lado da rua.
-Não ouse se comparar a mim, seu porco imundo!
Miguel vociferava irritado, de repente tudo se aquietou, Lúcifer já não se encontrava mais presente, apenas uma gargalhada ao fundo se distanciava aos poucos, fazendo qualquer ser humano normal arrepiar todos os pelos presentes no corpo.
Miguel estava enfurecido, guardou a espada na bainha com raiva e voltou-se para o caminho que estava percorrendo, a luta seria grande, mas ele não estava nem um pouco disposto a desistir!

Jéssica Curto


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O amor é...

O amor é
o que me faz levantar todos os dias
e continuar seguindo em frente,
é ver a beleza na simplicidade das coisas
e rir de uma lembrança gostosa,
é apreciar os bons momentos
e sentir todas as energias positivas pairando no ar,
é aquilo que eu ando sentindo por você
a cada instante
a cada cheiro
a cada toque
a cada simples recordação
que me faz sorrir
e me faz pensar
no quanto a vida é maravilhosa
por ter me presenteado
com alguém tão incrível
como você!
O amor é isso,
não tem fórmula
nem regra
simplesmente
foi feito
para se sentir!

Maria Amélia


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

É...

O fim necessariamente não é o ponto mais importante da história, as vezes o começo e o meio são em demasiado mais interessantes...

Fernando Martins


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Contos Infantis Tornam-se Adultos Sun Holiver

E a novidade de hoje é a resenha de um livro que analisa alguns contos infantis que muitos de nós ouvimos ainda quando crianças.
Devo admitir que quando a querida Cármen Machado do blog Ideias de Canário me convidou para fazer parte deste Book Tour e eu vi o título da obra, pensei que estaria lendo uma versão adulta das fábulas, onde rolaria muitas coisas picantes e pontos de vista inovadores.
No entanto, o livro se trata de avaliações da autora Sun Holiver sobre seis contos tradicionais feitos pelos irmãos Grimm: Chapeuzinho Vermelho, A Branca de Neve, Rapunzel, João e Maria, A Bela e a Fera e a Gata Borralheira.
Sobre uma perspectiva adulta, a autora analisa características psicológicas de cada personagem envolvido nas histórias, nos fazendo perceber que muitas das vezes detalhes importantes passam completamente despercebidos por nossos olhos, mas que deixam ideias e reações registradas inconscientemente em nossas mentes, resultando em atitudes que muitas vezes pode vir a nos prejudicar.
O livro é diminuto e de uma leitura rápida, porém tenho que dizer, um pouco cansativa, lembrando muitas das vezes uma literatura de autoajuda.
Talvez por ter tido uma ideia totalmente diferente da realidade, a frustração tenha sido maior do que o coerente, mas há de se ver que o título do livro também não faz muito jus ao proposto, acredito que se fosse algo mais como ''O estudo dos contos infantis'' provavelmente faria com que a ideia fosse mais clara.
De qualquer forma, tenho que ressaltar que não deixa de trazer informações adicionais válidas, e vale lembrar que tudo é útil para vermos o mundo sempre de maneiras e formas variadas.
Para os que são metódicos, irá agradar.



Um pouco da autora:

Sun Holiver é gaúcha, historiadora, museóloga, professora e escritora.
Autora do livro O Assassinato de Agatha Christie (Soler, 2007).
Em 2010 lançou esta coletânea de análises sobre os contos infantis pela Editora Movimento.

Para conhecer a autora, adicione-a no Skoob:

http://www.skoob.com.br/autor/6944-sun-holiver

Beijos,

Jéssica Curto

Coisas da Vida XII

Só digo uma coisa, não se esqueça de quem sempre esteve ao seu lado, quem te ajudou a retirar o véu da mentira, quem realmente e verdadeiramente não usou da mentira e do proveito próprio de sua amizade, porque eu não esquecei, eu lembrarei para todo o sempre enquanto durar...

Fernando Martins


sábado, 24 de novembro de 2012

Viver simplesmente

Naqueles lindos olhos eu contemplei toda a minha existência, ela estava ali para me fazer sorrir novamente, a felicidade retornava em minha vida e me fazia perceber um frio na barriga que há muito deixei de sentir.
A mulher dos meus sonhos estava bem na minha frente, me aguardando por todos estes anos e agora eu poderia finalmente viver sem medo, sem angústias, apreciar toda a beleza que era a grande aventura da vida, agora eu precisava apenas... Viver!

Jéssica Curto


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cantor Latino perde conta no Youtube

O cantor Latino perdeu nesta madrugada de sexta feira (23) a conta oficial dele do Youtube.
Latino já vinha sendo acusado de roubo de direitos autorais de composições estrangeiras há meses, muitas das vezes deteriorando fortemente o conteúdo existente da música original.
Desta vez o povo e os artistas em geral levaram o assunto a sério e resolveram se revoltar contra esta afronta à boa melodia de alheios e o denunciaram para o Youtube que tomou as devidas providências.
Esperamos agora que esta lição tenha servido de alguma coisa e que ele que se diz “cantor” aprenda a criar as próprias obras artísticas.

Jéssica Curto


Untitled III

Eu vi futuro em você... e você me decepcionou, não digo que você não tinha o direito, afinal, claro que tinha, apenas pensava que tudo era muito mais que isso. Maior que uma dúvida, maior que uma esperança, maior que algumas palavras...

Fernando Martins


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Kaori 2 - Coração de Vampira

Cá estou para presenteá-los com mais uma resenha de nossa querida vampira nipônica Kaori, a mais linda que eu conheço (que Missora não leia isso! rsrs).
Eu tenho que admitir que não sabia como fazer esta resenha, já faz três dias que terminei o livro, mas não conseguia colocar em palavras toda a emoção que ele me causou e toda a perfeição que ele se mostrou.
Qualquer mera tentativa de explicá-lo não será o suficiente para demonstrar tamanha beleza de tal obra prima, mas vamos tentar.
Para os que não conhecem a nossa linda Kaori, confira a resenha do primeiro volume neste link:

http://jessicacurto.blogspot.com.br/2012/05/kaori-perfume-de-vampira.html 

Para os que já conhecem e são amantes desta narrativa maravilhosa, mas que ainda não leram este volume dois vamos à história.
O livro se inicia no Rio de Janeiro, com uma japonesa pra lá de sexy dando “bobeira” em um bar de Copacabana, quando se depara com uma presa pra lá de diferente, um jovem que escapa por pouco de um ataque zumbi, isto mesmo, a história veio recheada de zumbis minha gente!
O modo dele agir desperta interesse em Kaori, que resolve conhecer o rapaz mais a fundo, o que ela não sabe é que este envolvimento com o garoto no meio do ataque zumbi pode lhe causar mais dor de cabeça do que o imaginado.
De repente ela se vê em uma grande emboscada com desmortos correndo atrás dela, (quem não quer o corpinho de Kaori? Mas a pobre passa por cada situação... rsrsrs) sendo pega despreparada, ela tem de ser ágil para deixar o jovem seguro e ao mesmo tempo precisa salvar a própria pele, mas ai é que surge o nosso estranho exterminador Kliman, um homem que a princípio vai fazer qualquer leitor achá-lo intruso e até um pouco abusado, mas que ajuda a livrar a cara da nossa vampirinha, e é ai que a nossa história começa, com a descoberta de um vírus que está atacando seres sobrenaturais e até alguns humanos e deixando o nosso IBEFF (Instituto Brasileiro de Estudo de Fenômenos Fantásticos) completamente maluco para arranjar a solução deste problema sem fim, além do trabalho que eles já estão tendo com a atenção triplicada em cima do nosso vampiro malvado de Kaori - Perfume de Vampira, Felipe, que está sob os cuidados do nosso Instituto.
Mas a história não para por ai, surpresas inacreditáveis ocorrerão e até um cabaret de seres sobrenaturais a nossa querida autora Giulia Moon criou, levando o leitor a completo delírio!
“E a nossa malvada Missora?” Você deve estar se perguntando, pois ela resurgirá muito mais forte e com muito mais garra, e será que desta vez nossa Kaori irá se safar? Com tantos seres querendo a sua cabeça, ela conseguirá ganhar essa luta desenfreada?
Recheado de novidades, desde kitsunes até botos, esse livro, com certeza irá agradar a gregos e troianos.

 Um pouco da autora:

Giulia Moon
é Paulistana, já foi ilustradora, diretora de criação, diretora de arte e agora é a nossa linda autora!
Possui três coletâneas de contos publicados: Luar de Vampiros (Scortecci, 2003), Vampiros no Espelho & Outros Seres Obscuros (Landy, 2004), e A Dama-Morcega (Landy, 2006).
Em 2008 lançou junto de Martha Argel, Adriano Siqueira, Nelson Magrini, André Vianco, Nazareth Fonseca e J. Modesto o livro de contos Amor Vampiro (Giz Editorial) onde encontramos uma versão "demo" de Kaori.
Em 2009 publicou o seu primeiro romance: Kaori - Perfume de Vampira (Giz Editorial) e em 2011 lançou esta maravilhosa obra prima, Kaori 2 - Coração de Vampira (Giz Editorial).
Sempre na área de literatura fantástica, a autora é coeditora do fanzine FicZine e da Scarium Magazine.

Para conhecer um pouco mais a autora, adicione-a no facebook: https://www.facebook.com/giulia.moon

acesse seu blog: http://phasesdalua.blogspot.com.br/

E visite seu site oficial: http://www.giuliamoon.com.br/

Beijos,

Jéssica Curto


Completamente imbecil

Fui chamada na sala da gerencia, estava na empresa a pouco mais de um mês, estava dando o meu sangue naquele emprego e não tinha se quer recebido um muito obrigado, muito pelo contrário, tinha levado várias duras e humilhações na frente dos clientes.
Estava engolindo tudo sem reclamar, não me via no direito de dizer uma palavra se quer, era nova ali, talvez eu estivesse errada e eles certos...
Adentrei a sala da gerencia junto da cobra, aquela que estava me avacalhando durante todo o período em que eu me encontrava ali, não sabia que ela estava para dar o bote.
Não me preparei, fui pega de surpresa.
-Você está sendo desligada a partir de hoje.
Não entendi, espera, calma... Como é? E os três meses, a conversa prometida, os planos...?? Espera, você não ouviu a minha versão...
Não deu tempo, quando vi já estava assinando os papéis, e no minuto seguinte pagando o maior mico do universo, chorando no ombro da colega que fiz em tão pouco tempo.
Desgraça, por que não estava conseguindo segurar minhas lágrimas? Não era pra ser assim, não era! Eu não era fraca, não mereciam me ver naquele estado.
Acho que a pior coisa foi querer me despedir das pessoas, só me humilhei mais...
Mas também, dane-se, nunca mais verei aquelas pessoas.
Sai com a consciência limpa de que fiz a minha parte!
Mas... Até que não é má ideia fazer uma carta, afinal, o gerente geral merece saber o que se passa de verdade na sua empresa.
Entreguei nas mãos mais poderosas que ali existiam, com a intenção exclusiva de melhoria... As injustiças devem parar, ninguém mais deve passar pelo que passei.
A verdade é que as pessoas são como zumbis, te sugam até a morte e então te descartam, você é apenas um número na agenda delas e quando se tornam desnecessárias, bom... Então é o seu fim.
Levar como experiência é o bastante... Por hora!

Jéssica Curto


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Decepção

 
 Decepção; ela vem e acaba com você, com suas esperanças, com suas ilusões, com seu ego, com sua confiança, e com suas pseudoverdades... 

Fernando Martins

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Futuro...

Quantos aos limites... não os conheço... o céu é o limite... talvez mais além...

Fernando Martins


domingo, 18 de novembro de 2012

Terra prometida

E na terra prometida, um verdadeiro paraíso sublime; ele viu um mundo sem humanos...

Fernando Martins


sábado, 17 de novembro de 2012

É fácil criticar...





É fácil criticar, difícil é ser você mesmo com qualidades e defeitos, com fragilidades e coragem, ter personalidade e dar a cara pra bater...

Fernando Martins

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Justificativas injustificáveis...

Justificativas, justificativas, apenas justificativas, somente isso já não basta mais, cansei da mesma conversa, das mesmas desculpas, do discurso velho e ultrapassado, cansei! Quero algo novo, uma verdade sincera, uma explicação isenta da ridícula e velha reputação. É difícil meu pedido? Impossível, inalcansável, implacavelmente impraticável? Não, só depende de você, mais do que isso depende de coragem, dedicação, vontade, amor o VERDADEIRO amor, não aquele de fachada, de aparências, quero algo mais básico, algo mais caloroso... Saiba que por enquanto estou aqui... Quando ouvir apenas meu silêncio... Aí já será tarde...

Fernando Martins

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Eu te odeio...

E eu o amaldiçoarei, apenas a morte não será o suficiente para ti, te condenarei de corpo e alma a existir para todo o sempre, que você seja punido pela sua própria consciência para toda eternidade... E que quando você não aguente mais, que clame pela sua própria morte, que ela pareça ser a única saída, eu esteja lá para rir de seu sofrimento e de seu desespero...

Fernando Martins


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O MEDO E O MARKETING

Amanhã vão lançar um produto
Como nunca houve igual:
Ele resolverá males até então
insolúveis.
O produto afagará os anseios dos viciados
e iniciados na cultura da nova
identidade: com ele, terá fim
a busca (até hoje incansável)
por um rosto novo a cada semana.
É o mais incrível lançamento!
É a morte do medo de estar por fora
É a morte do medo de estar fora do “dentro”,
de ser mercadoria sem valor.
Com ele, você terá tudo:
Paz, orgulho e amor. Infinitamente.
E com mil anos de garantia.
Quer saber qual é o produto?
Vá a uma de nossas lojas.
Lá se encontra a felicidade
Assim como o fim dos velhos problemas.

Compre. Compre porque comprar é ter
nas mãos, porque comprar é desfrutar
sem medo. Nada de conflitos, nem
mistérios, muito menos instruções
complicadas de funcionamento.

Não se esqueça, hein?

Amanhã vamos lançar um produto
Como nunca houve igual
(E, cá entre nós, se você por acaso
não gostar – coisa improvável – você
poderá trocá-lo por um novo).
Até porque, já adiantando
A novidade,
Depois de amanhã será lançado
Um produto também jamais visto
Pela voraz, exigente (e feliz?)
Humanidade.
Consumidora humanidade.
(este poema é um oferecimento
das canetas Máster Big: crie, escreva,
instigue!).

Rafael Cardoso


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Influências sociológicas

Lendo Bauman, percebo que:
É preciso escolher. A sociedade de consumidores dá a liberdade de escolha, no entanto nos obriga a escolher (o que comprar, o que vamos ser, a quem vamos servir). E o tempo entre a vontade de ter algo, conseguir e a vontade de se desfazer dele é cada vez menor. Fala-se em sustentabilidade, mas o consumo (e o seu poder sobre a vida das pessoas) só aumenta. O prazer está em descartar, em seguir para o próximo nível. A sociedade é pensada para o consumismo (o consumo exagerado). O Estado, hoje, é apenas o braço coercitivo que visa garantir a soberania dessa instituição (se é que pode ser chamada assim), que é o mercado de consumo. E em nome dele, e não do público, é que se faz obras e melhorias (caso lhe convenham) na sociedade. O shopping metrô Tucuruvi, que está onde deveria estar um terminal de ônibus, é um exemplo que condensa tudo o que esse breve texto diz.

Rafael Cardoso

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Embolada

Tec!
Uma facada certeira bem no centro.
Tec! Tec! Pluft!
Mais duas e a cabeça cai no chão.
O líquido escorre e vaza, melando a mão.
A nega olha pra um lado, olha pr'outro, pega dois tubos e enfia no buraco que abriu.
Entrega o utensílio para o sujeito do lado, que está observando atentamente, completamente ansioso.
-Dois conto.
O dinheiro é enfiado na mão e os lábios se encaixam e puxam a essência presente ali, saboreando deliciosamente.
-Que delícia de água de coco!

Jéssica Curto


domingo, 11 de novembro de 2012

Desisti de você

Quando eu te vi, meu coração pulou
senti meus lábios se abrindo
uma felicidade sem fim

Te abracei e não senti retorno
te beijei e não senti carinho
eu acho que nunca pedi nada demais
apenas um pouco de afeto e atenção
mas eu já percebi

não, não vai dar
não, não vai dar

infelizmente para o meu coração
que está quebrando
porém, não vou voltar atrás
pois é opção

eu decidi abrir mão
dessa vez não vou voltar atrás
não quero mais não
não quero mais,
não quero mais não!

Quando eu te vi, meu coração pulou
minhas mãos suaram e eu queria tanto
mas quando te beijei,
não senti recíproca
não existiu
amor
não existiu
carinho
não existiu

não, não vai dar
não vai dar querido

eu estou procurando amor
eu te consolo e aconselho
mas você só quer amizade

não, não vai dar
querido assim não vai dar

eu simplesmente não quero mais
não vou voltar atrás
decidi e abri mão
dessa vez não volto atrás,
pois é opção
não, não quero mais!

desisti,
de você eu desisti
querido eu desisti,
sinto muito, mas não vai dar!

amor
não existiu
carinho
não existiu

não, não vai dar
não vai dar querido,
não vai dar!

Maria Amélia


sábado, 10 de novembro de 2012

Mestre

 


O professor é um artista que molda suas esculturas com muita paciência e dedicação!

Jéssica Curto

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cabeleireiro

A vida de um cabeleireiro para olhos leigos e desatentos se resume basicamente em cortar e tratar dos cabelos e vez que outra da pele, mas vai muito além disso, é necessário ser bom ouvinte e saber manter um assunto constante, mas a agilidade de renovação de conversas tem de ser tão boa quanto o papel de psicólogo temporário.
Enquanto faz-se o serviço deve-se distrair o cliente e quando se conclui, deve saber concluir também as ideias com maestria, mesmo que não venha a fechar todos os pontos de fato, é preciso dar a impressão do mesmo para que o cliente saia satisfeito com o resultado e feliz com o local, criando o desejo de ali retornar.

Jéssica Curto

Escute com fone de ouvidos e feche os olhos!


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Provocações...

A maioria das pessoas critica meus atos, será que não compreendem?
Será que realmente temos que nos limitar a uma verdade já estabelecida? Será que temos que apenas ver e não criticar? Será que apenas o normal e ser o mais "um" é o suficiente? Ter opnião crítica de um sistema falido e tosco é o politicamente correto e o certo a fazer? Fingir que tudo está bem, quando não está, é uma maneira nova de viver? Evitar o conflito, falar o que a pessoa espera ouvir e após na ausência da mesma mentir?
Existe uma cornucópia de coadjuvantes e poucos protagonistas e estes são em demasiado oprimidos justamente por não fazerem o esperado ou o socialmente aceito. Estes são parasitados por aqueles não veem seu valor ou fingem que não veem
Força de vontade, originalidade, interesse, opnião, ponto de vista crítico, orgulho são palavras fadadas ao insucesso?
Não estou falando em ser um reacionário, alguém somente da oposição, ser daqueles que não sabe pelo que luta, que vai ao encontro da opnião alheia, do "contra", não!
Estou falando de ter visão, manter um diálogo, entender o porquê das coisas serem como são, ter uma opnião feita e quando não procurar ter. Pesquisar, estudar, trazer o novo, influenciar algo, perguntar, desbravar, não ter medo de ser criticado, não ter vergonha de se sobressair.
Dizem que a humildade é uma das maiores qualidades do homem eu discordo, ela limita, ela alicerça nossa capacidade, nossa vontade. Ser modesto, simples e passivo, ora não não são todos assim? Aqueles bilhões que fizeram pouco ou nada em sua vida, não se destacaram, apenas sobreviveram?
Sempre acreditei que por sermos homo sapiens, tínhamos a dádiva de termos a racionalidade do nosso lado, PENSAR palavra capciosa essa atualmente, seres pensantes deveríamos ser, mas não o somos temos a futilidade, preguiça, o ócio mental como dádivas supremas.
Acho que já basta, minhas indagações não tem como objetivo responder e sim a exatamente isso INDAGAR, criticar, provocar.
Eu tenho um sonho o de que num futuro próximo vivamos com um pouco mais de racionalidade, tenhamos mais vontade, coloquemos como pilar máximo de nossa existência valores: justiça, liberdade, honra, dignidade, honestidade, liberdade de expressão, individualismo, independência, orgulho e integridade.

Encerro isso com uma máxima:

"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos" - Eleanor Roosevelt

Fernando Martins

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Um rei sem coroa

Eu vou lavar seu corpo com meu sangue
Rastejar sobre os seus pés em jubilo
Pisar nas minhas dores sem gritar
Queimar minha honra e minha vida
Como Judas em condenação
Vou cavar minha cova
Pra sua benção
Um rei sem coroa
Num reino infeliz
Numa colheita de sombras
Eu serei a luz dos seus demônios
O santo das suas preces
A glória para suas existências
Um corpo sem prazer
O eunuco dos seus desejos
A prostituta da sua cama
Vou cavar minha cova
Pra sua benção
Um rei sem coroa
Num reino infeliz

Leonardo Ragacini

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Crianças

As pessoas falam que é difícil cuidar de crianças!!! É muito fácil é só dar uma surpresa do McLanche Feliz e deixar elas gritarem e correrem a vontade!!!

Fernando Martins


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Aplausos de pé


Você merece todos os meus sonhos
Caindo essa noite
Queimando sobre a minha pele
Cada uma das lágrimas escondidas
Nesses óculos escuros
Eu não sinto mais essa silhueta
Cheia de mentiras escuras
Meu corpo não sente nada
Anestesiado pelo seu ar
Minha janela aberta
Lembra-me que um novo dia
Está se indo e eu ficando
Destruído por dentro
É tão bom pra você
Ver-me tão mau assim
É tão bom pra você
Saber como me magoou
E te faz tão bem saber
Que seu amor me machucou
E agora você só diz...
Você merece aplausos de pé
Por fazer isso comigo
Você merece todos os louros
Da vitória sobre minha dor
Você merece todos os créditos
Por toda essa desordem
Mas eu ficarei bem
É que todos os meus amigos dizem
Mas não é bem o que sinto
Não isso que me parece!
Eu olho pra suas imagens
E lá está de volta...
Oh, sim isso me magoou
Eu era o cavaleiro de armadura
(O homem da sua vida)
Aquele que você moveria todas as montanhas
Agora que estou embaixo de sete palmos
Você move apenas outra pá cheia
De todo esse descaso.

Leonardo Ragacini

domingo, 4 de novembro de 2012

sábado, 3 de novembro de 2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

quinta-feira, 1 de novembro de 2012