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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Desmoronando meu espírito na dor dessa partida

Vidros embaçados nas paredes escurecidas
As lágrimas fluem à margem do mar salubre
Não posso deixar-te a saborear o infortúnio
Da lembrança falha rebuscada ainda recatada
Todos digam que é amar, é loucura
Mas diga que amei a ti por dois
O coração gritando
Desejando calorosamente e retumbando
Num suave contrair a rir rosando tuas faces
Dizendo-me que não chegas à hora de desistir
Nem querer partir
Dentro do peito o coração esta sangrando
Sinto tempestuar
O medo
Os olhos fecho e congelo
Na alma instala-se
Fé no que me espera
Poderia mesmo enlouquecer!
Mas sei que do seu amor preciso
Teus inebriantes braços fazem-me voar
Tuas cálidas mãos fazem-me subir aos Elíseos
Nos teus braços
Não existe de meu coração alado o negar
Curando-nos no balsamo dos beijos
Longe deste gelado grão odioso da invejosa ira
Que em tua melodia disforme semeia de sua lira
Falso Orfeu e Eurídice
Abra as janelas do meu amor
Levanto no brilho do olhar
Porque a tenho, porque confio a ela
O bem mais viril do homem terno e eterno fiel ao amor
Diga língua imunda o que quiser não ficarei longe do teu amor
Se o passado já passou
Nós olharemos o futuro deslumbrando o presente
O presente é junto a ti amor
De todas as coisas que sei só sei que te amo
Não mude e nem desfaça quem é
Das coisas que sente sem necessitar me contar
Decifro teus desejos conheço teus sonhos.

Leonardo Ragacini

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