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domingo, 27 de maio de 2012

Inquebrável...?

Não é porque as pessoas te maltratam que eu também vou te maltratar.
Não é porque as pessoas são cruéis que eu também vou ser cruel.
Não é porque as pessoas te abandonam que eu também vou te abandonar.
Embora eu tenha tido uma imensa vontade naquele momento...
Pare por favor, de me comparar com os outros.
Pare por favor, de achar que todos são iguais...
E então você descobre que a sua amizade é descartável.
E então descobre que todo o seu ser é descartável.
Que você não presta pra nada,
mais um em meio à tantos,
que diferença você faz afinal?
Um vídeo game, ou uma joia cara são mais importantes,
são mais valorizadas.
Objetos materiais que são compráveis valem mais do que a sua amizade
pura,
sincera,
profunda
e que não tem valor.
Você é descartável assim como todo o resto que existe no mundo.
Você é só mais um.
E então você descobre que todo o mar de rosas que você tinha montado na sua cabeça imbecil,
era uma grande mentira.
Que tudo era muito fútil.
E então você descobre que todos são assim,
e então você se sente só
e vazia,
porque você não quer fazer parte desse meio hipócrita,
ridículo.
Porque você sabe que não é assim,
porque você, diferente dos outros, valoriza o que as pessoas realmente são,
o que elas realmente tem para te oferecer.
E então você descobre que ninguém esta interessado em saber,
que ninguém realmente liga pro que você acha ou deixa de achar.
Seus sentimentos são descartáveis,
não valem para nada,
meras palavras jogadas ao vento.
E então você percebe que a sua espécie morreu há muito tempo,
e que agora você vai ter de lutar sozinha.
E você se sente triste por isso,
mas você sabe que não tem volta,
e assim como tudo é descartável,
você também é.
E assim como as pessoas são ridículas,
você também é.
Aos olhos delas,
à maneira delas.
E então você nota que quer fazer a diferença,
mas repara que não adianta,
porque o mundo esta podre demais para ser salvo,
porque as pessoas são podres demais para serem inquebráveis.
E então você vê que foi iludida a vida inteira,
e o seu conto de fadas,
mostrou que a vida é cheia de madrastas!

J.H.C

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