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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Carta Despedida

Hoje a marca de tempos remotos encontra-se nos mais diversos porta-retratos. Eu ganhei minhas rugas e você também.
Os segundo não se tornaram minutos, mas sim horas. A vida passou rapidamente e quase não tive a chance de aproveitá-la em seu nível máximo. Acredito que isto também aconteceu contigo.
Eu tive meus filhos, meus netos e agora me encontro na situação de bisavó. Eu realmente estou feliz com isso, pois este sempre foi meu sonho. Não me recordo de atitude ou sonhos que nunca concretizei, mas posso dizer que já tive muita vontade de desistir. E você estava ali – não totalmente do jeito que eu gostaria que estivesse – para me amparar caso eu caísse. Eu realmente te agradeço por isto.
O fato é que eu sempre te amei, mas a vida mostrou-me que isto era impossível. Foi a única coisa não realizada em toda a minha vida, mas não tenho remorso por não poder ter sido sua mulher, afinal encontrei um excelente homem em meus caminhos e este continua sendo muito especial até hoje.
E agora estou aqui, lhe escrevendo desejando boa sorte neste papel que será minha carta de despedida. Acho que minha doença não me deixará viva por mais duas horas, contudo estou preparada para o que vier – se vier – depois de minha simples morte. Quero que você continue feliz e sendo o portador desse lindo dom de animar as pessoas. Desejo muitas felicidades a seus filhos e a sua mulher. Mande um beijo a todos.
Jogue uma flor de lótus no meu caixão... se puder.

Um último Beijo.
Gênnova Guilhermina dos Santos Pereira.

Lucas de Figueiredo

2 comentários:

  1. Poxa, esse foi triste, eh chato ficar longe por alguem por tanto tempo e nom poder ver mais essa pessoa, mesmo em tal situação, tipo, nos seus ultimos momentos saca?


    Alex

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  2. É, o luh consegue ser dramático quando quer!!

    Muito triste mesmo =/

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