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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Escrever e Colocar Para Fora

O ato de escrever, para mim um dom maravilhoso, no entanto eu mesma não acredito que sei escrever tão bem assim.
Escrever é minha diversão, meu passa tempo, minha terapia e minha cura, no papel junto da caneta à mão, expresso todos os meus sentimentos momentâneos, porém permanentes quando fixados em uma folha.
Pensamentos às vezes que, se não fosse pela escrita, me esqueceria rapidamente.
Não acho que escrevo bem, mas acho que é o melhor que faço, pelo menos, é o que mais gosto de fazer. Me da o sentimento de liberdade total, não na ação de mostrar para alguém, pois ai corremos o risco de termos críticas, mas na hora propriamente dita que estou colocando letra por letra no papel, se não gostar ou me arrepender depois, é muito fácil, basta amassar, rasgar ou queimar e tudo acaba na lata de lixo.
Não vou tentar aqui colocar desta vez palavras difíceis ou bonitas para enriquecer o texto, na verdade minha intenção desta vez é apenas escrever e só, se ficará agradável aos olhos depois, isso já não sei dizer.
O fato é que a maioria das pessoas, pelo menos todas as que conheço, são 100% boas em alguma coisa, e eu ainda não encontrei no que realmente sou boa.
Não basta escrever e gostar do artefato se os outros não gostarem, a vida de um escritor tende a ser muito curta e obscura quando seu maior sonho, que é escrever, é completamente ignorado ou não agrada a uma boa população.
Eu, como escritora, quero levar minhas idéias à diante, para serem discutidas, nem que seja negativamente, pois para uma pessoa ser negativa quanto a algo, ela no mínimo tem de saber do que fala.
Eu longe dos sonhos de algumas pessoas, nunca quero ser ensinada ou estudada obrigatoriamente em escolas se um dia chegar a ser importante, porque acho que nada deve ser feito obrigatoriamente, tudo o que é feito forçadamente não sai bem feito, e principalmente a escrita e a leitura não deveriam ser algo forçado.
A escrita é uma arte e a leitura uma paixão, ambas tem de ser realizadas com vontade e sabedoria.
Os professores gostam muito de forçar seus alunos as coisas, e cobram do que ensinaram nas provas, mas isto é um ato ridículo e muito burro.
A pessoa que precisar ir bem na prova irá decorar a matéria, no entanto passado um tempo já terá esquecido completamente tudo.
O aluno que não liga para a nota, sem dúvida nem se preocupará em decorar.
E é ai que está o erro, ensinando e fazendo com que se entenda as devidas coisas, ficará guardado para todo o sempre.
A avaliação estudantil deveria ser bem diferente, primeiramente porque ensina-se como se todos fossem iguais e conseguissem assimilar as idéias igualmente, e o erro já começa por ai.
Devia-se ensinar o contexto para todos sim, é claro, contudo o correto seria ter um ensino particular, desenvolvendo cada pessoa ao seu modo.
As provas seriam execradas, nada forçado. Então, quando o aluno se sentisse preparado marcaria uma “prova” com o professor da devida matéria, mas seria algo individual para evitar o constrangimento, e sem dúvida mais um bate papo do que uma cobrança propriamente dita.
Lógico que o aluno teria um prazo para fazer esta “prova”, mas acho que seria bem mais adequado algo mais rilex.
Não consigo entender por que o ser humano transformou a própria vida em um inferno.
É tensão para todos os lados, as pressões só tendem a crescer e crescer, as pessoas trabalham para viver melhor, e não vivem porque tem de trabalhar, quando notam deixaram uma fortuna para outras pessoas aproveitarem a vida, mas não o farão, pois tem de continuar multiplicando cada vez mais a fortuna. Isso quando não ocorre da pessoa acabar com toda a herança por não saber administrar.
E, é claro, quando a pessoa trabalha uma vida inteira para ter bens e uma boa vida e não atinge o objetivo, será frustrada pela eternidade, é o que normalmente ocorre com a população.
Engraçado que, aqueles que largaram mão dos sacrifícios pelo dinheiro são taxados de vagabundos.
E não são? Afinal, não fazem nada da vida.
Acredito que a vida tem de ser aproveitada como um todo, com sabedoria e intelectualidade, mas também com sossego e paz.
É bom para o físico, mental e espiritual que sejamos inteligentes, o ato de pensar nos faz evoluir, mas não é preciso nos matarmos para isto.
A vida seria tão mais bela se não houvesse diferenças entre os povos, cada um com seu modo e suas diferenças, não estou dizendo que não pode existir pobre e rico, depende do seu ponto de vista.
Para algumas pessoas seria suficiente um carro simples e de bom uso, para outras um belo e cheio de artefatos, e por que não satisfazer à ambos?
Isso não significa que o “pobre” seria pobre, ele teria o que desejasse, o que é feito e eu não aprovo é a inveja.
Por exemplo, quando se é criança: Você quer muito uma mochila azul que viu na loja. Sua mãe, bondosa e generosa a compra para você.
Logicamente que você ficará feliz, afinal, tem o que deseja.
Um tempo depois um amiguinho aparece com uma mochila azul com bordados amarelos. Você acha a dele bem melhor e começa a desprezar a sua mesmo sendo nova e a que você escolheu.
Por que isso? Afinal, você não tem o que deseja? Por que achar que as coisas dos outros é melhor? Isso não faz sentido.
Eu acho que já está mais do que na hora das pessoas pararem de invejarem umas às outras, de quererem coisas só porque outras pessoas às têm, de até quererem se assemelhar fisicamente umas com as outras.
A sociedade obriga porque a população aceita, se as pessoas começarem a se negar diante estes atos, a sociedade por completa mudará, afinal, quem faz a sociedade são as pessoas, logo, as pessoas mudando, consequentemente a sociedade também mudará.
Já está mais do que na hora da população considerar o que faz e pensar antes de fazê-lo.
Tudo gera conseqüências, boas ou ruins, depende de suas escolhas e seus atos.

J.H.C

4 comentários:

  1. É verdade, não ve via escrevendo, eu descobrir e possivel talento quase aos 30 anos. Não me via escrevendo um, ao contrario sempre gostei mais de desenhar do que escrever. Como eu tava escrendo um roteiro de um quadrinho que estava pensando em lançar, eis que mudei de estrategia e mudei para um livro. Agora eu to na batalha da divulgação.

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  2. As pessoas tendem a desvalorizar as coisas que tem. Elas querem algo muito, enquanto nao as tem. Desconfio que as pessoas se sentem satisfeitas mais pela busca do que pelo objetivo em si. Me pergunto se podemos mudar isso com educacao desde crianca. As vezes acho que e inerente do humano.

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  3. Dan Pericles,

    você tem um lindo nome, assim como sua história deve ser linda!!!

    Obrigada pelo comentário, caro colega de trabalho.

    Beijos!

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  4. Higor,

    também acho que as pessoas se sentem mais satisfeitas pela busca do que pelo objeto propriamente dito.

    Mas acho que tudo começa com a infância, quem sabe... Precisaríamos fazer os testes para saber.

    Alguma criança se dispõe? rsrs

    Beijos!

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